A Economia Solidária é
desenvolvida por pessoas que se unem para realizar trabalhos coletivos. Nesta economia não há nem patrão nem
empregado, pois a gestão dos empreendimentos é autogestionária. Neste tipo de
gestão todos os associados do empreendimento são responsáveis pelo mesmo,
juntos tomam decisões e em conjunto são com equidade beneficiados. Neste tipo
de economia o político e o econômico são desenvolvidos para dar qualidade de
vida ou em determinados casos à inserção social.
Para fortalecer a
economia solidária se utiliza de redes com o objetivo de integrar os
empreendimentos desta economia, fortalecer os diálogos e atividades econômicas entre
estes empreendimentos constituindo um âmbito voltado exclusivamente para
atender as demandas da economia solidária. Um exemplo de rede de economia
solidária é o cirandas.net.
O cirandas.net é uma
rede especificamente da economia solidária, portanto segmentada. Esta rede dar
ferramentas aos empreendimentos e pessoas apoiadoras da economia solidária na
internet para que possam se articular de diversas formas. Além de avigorar a circulação de saberes,
produtos e serviços pela internet.
Dentro desta rede há o
encontro de diversos tipos de atividades econômicas, isso por que é utilizada
por consumidores, prestadores de serviços, e produtores de bens. As atividades
realizadas na rede cirandas.net se consolidam na linha da economia plural. Isto
pode ser consolidado ao se entender o conceito desta economia. Veja que a
economia plural é:
[...] à ideia [sic]
de uma economia que admite uma pluralidade de formas de produzir e distribuir
riquezas. Esse modo de conceber (ou entender) o funcionamento da economia real,
além de ampliar o olhar sobre o econômico, para além de uma visão dominante que
reduz seu significado à ideia [sic] de economia de mercado, permite, ainda,
perceber certas singularidades próprias às práticas de economia solidária. (FILHO,
2008, p. 226).
Além destas
características, no cirandas.net há a presença da realização de trocas de
conhecimentos sem a utilização de moedas para efetuar pagamento a estes serviços,
seja a moeda o real ou a moeda social. Deste
modo este fenômeno se enquadra nas características da economia da dádiva.
A palavra dádiva segundo
o dicionário de Língua Portuguesa copilado por Alfredo Scottini (2009) significa
“presente, dom, donativo, favor, graça.” E segundo o conteúdo exposto na aula
da disciplina Fundamentos de Economia no decorrer do debate do texto a via
sustentável-solidária no desenvolvimento
local se fez entender que economia da dádiva é uma das maneiras existentes de
um grupo de pessoas se organizarem socialmente. Neste grupo os integrantes
realizam doações de bens e serviços de forma recíproca sem esperar recompensas.
Este tipo de economia
agracia os pequenos produtores e principalmente aqueles que se organizam em
grupo segundo a teoria do cooperativismo. Por ter um caráter descentralizador
do poder econômico este tipo de economia diminui as diferenças sociais.
Desenvolvidas para
também auxiliar principalmente os produtores cooperados e associados às redes facilitam
o desenvolvimento não somente em âmbito local, mas também permite a expansão da
comercialização no mercado regional, nacional e internacional. Com a facilidade
da comunicação as informações diminuem a cada dia as questões geográficas o que
está provocando o aumento de compras pela internet a cada ano que passa.
Trabalhando estas redes
sempre na visão da economia plural haverá grandes chances de aumentar a
rentabilidade e acrescer o desenvolvimento de grupos organizados em associações
e cooperativas. A efetivação e organização destas organizações da economia
solidária as permitirão concorrer com empresas capitalistas e as lhe outorgar longa
vida.
Fala-se então em
hibridação econômica, ou seja, desenvolver lógicas econômicas diversas. Lógicas
estas capazes de redistribuir de maneira mais justa as riquezas. Sendo significante a utilizando das redes para
auxiliar este feito. Isso por que
[...] o objetivo
da rede é a ruptura com a dicotomia habitual (em regimes de mercado
supostamente autoregulado) entre a produção e o consumo (pelos seus efeitos
danosos muitas vezes em temos sociais...) e o estímulo à livre associação entre
produtores e consumidores (ou prestadores de serviços e usuários), permitindo a
afirmação do conceito de prossumidores. (FILHO, 2008, p. 227).
Como se pode observar claramente esta
ideologia permite a emancipação social e a autogestão. Visto também que há o
incentivo de se tornar um consumidor consciente.
Divergindo com o sistema de ideias do cooperativismo o
sistema capitalista desenvolve a competição exacerbada, atividades econômicas
individualistas, promove a elevação da desigualdade social, precariza as
condições de trabalho humano e amplia o processo de submissão humana entre
humanos em todas as relações sociais.
REFERÊNCIAS
AULA DE FUNDAMENTOS
DE ECONOMIA, 2013 Cruz das Almas. Debate do texto A via sustentável-solidária no
desenvolvimento.
CIRANDAS.NET. Curso aberto cirandas.net. Disponível em:
<http://cirandas.net/aprendi
zagem>. Acesso em 10 set. 2013.
FILHO, Genauto
Carvalho de França. A via sustentável-solidária
no desenvolvimento local. Discponivel em: <http://base.socioeco.org/docs/o_s-2008-384.pdf>.
Acesso em: 20 set. 2013.
SCOTTINI, Alfredo. Dicionário de língua portuguesa. Brasil: Todolivro, 2009.
SCOTTINI, Alfredo. Dicionário de língua portuguesa. Brasil: Todolivro, 2009.